FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
Comunicado de imprensa
2 de Agosto de 2007
A estabilidade de Timor-Leste será re- estabelecida com um Governo de Grande Inclusão
A FRETILIN, que se reafirmou como o partido maioritário de Timor-Leste através das eleições legislativas de 30 de Junho, afirmou hoje que a estabilidade só poderá ser re-estabelecida em Timor-Leste se for estabelecido um Governo de Grande Inclusão. O partido FRETILIN disse que a formação de um Governo de Grande Inclusão reflectirá o desejo do eleitorado.
O Secretário Geral da FRETILIN, Dr. Alkatiri disse: " FRETILIN acredita com firmeza que um Governo de Grande Inclusão que integre membros de todos os partidos politicos com assento no Parlamento Nacional contribuirá certamente para que, em Timor-Leste, se volte a ter estabilidade. Se não houver estabilidade, nenhum governo poderá funcionar com eficiência".
" Estamos abertos à opiniões de todos os partidos políticos, incluindo daqueles que não são partes integrantes do Parlamento Nacional, aos que não farão parte do Governo e às forças vivas da sociedade civil que contribuam para a melhoria dos programas de desenvolvimento do nosso país".
Dr. Alkatiri disse ainda que " Como partido mais votado nas eleições do dia 30 de Junho, nós temos o direito constitucional de escolher o primeiro-Ministro e de formar o Governo. Contudo, o resultado das eleições é um indicativo de que a FRETILIN deverá integrar no executivo todos os partidos com assento no Parlamento Nacional."
" A nossa posição reflecte o desejo do eleitorado e este é o único caminho a ser tomado para que o país possa avançar rumo ao desenvolvimento nos próximos cinco anos".
Para mais informações contactar com:
Arsénio Bano, Vice-Presidente e membro da Comissão Política Nacional, tel. 733 9416 José Reis, tel. 7340382, Secretário-Geral Adjunto e membro da Comissão Política Nacional
Email: fretilin@gmail,com
1 comentário:
Caro Malai Azul,
A atual situação política em Timor faz recordar as eleições parlamentares alemãs de 2005.
Naquelas legislativas, o Partido Social Democrata (SPD), do então chanceler Gerhard Schröder, obteve a maioria (34,2%) dos votos, mas não conseguiu indicar o Primeiro Ministro. Após um eficiente trabalho de convencimento e costura de acordos, foi a União Democrata Cristã (CDU), que havia obtido apenas 27,8% dos votos, quem conseguiu indicar Angela Merkel para chefiar um novo governo.
O Partido Social Democrata (SPD) reconheceu a sua derrota política, mesmo tendo sido o partido mais votado. Porém foi esperto o bastante para formar uma coalizão com a União Democrata Cristã (CDU), indicando 9 dos 17 ministros. Com esse número, o SPD conseguiu a maioria dos votos no Conselho de Ministros e, mesmo não sendo o partido do Primeiro-Ministro, manteve muitos dos seus poderes sobre as decisões governamentais em uma coalisão chefiada pela CDU.
Essa engenharia alemã pode servir de exemplo à FRETILIN... Mais importante que um Primeiro Ministro independente/neutro, com dois Vice-Primeiros Ministros (um da FRETILIN e outro da AMP) – o que poderia imobilizar o Governo – seria a FRETILIN dar a Xanana a chefia do Governo, conservando, porém, o maior número de assentos no Conselho de Ministros (onde as coisas são realmente decididas).
Cordial abraço,
Malai Brasileiro
Enviar um comentário