Diário Digital / Lusa
14-08-2007 18:22:00
Os três partidos que integram a coligação do governo da Guiné-Bissau manifestaram-se hoje solidários com o povo de Timor-Leste e a Fretilin, vencedora das eleições legislativas mas «preterida» da governação do país.
A posição vem expressa em comunicado divulgado no final de uma reunião de líderes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Renovação Social (PRS) e Partido Unido Social Democrata (PUSD), as três forças políticas que integram o Pacto de Estabilidade, instrumento de sustentação do governo guineense.
No comunicado, os três partidos manifestam solidariedade para com «um país irmão», esperando que o posicionamento do governo da Guiné-Bissau possa ajudar o «martirizado povo» a encontrar uma solução «airosa e digna» para o problema criado com as eleições.
Em relação à decisão do Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, de entregar a governação à coligação parlamentar liderada por Xanana Gusmão, os partidos no poder em Bissau afirmam que tal constitui «deixar de lado a vontade» do povo maubere.
A votação verificada nas últimas eleições legislativas de Timor-Leste «reflecte a vontade suprema de uma maioria do povo irmão de Timor» onde o partido vendedor «foi preterido do poder», lê-se ainda no comunicado.
De acordo com os responsáveis dos três principais partidos guineenses, a decisão do Presidente Ramos-Horta está a criar já «alguma instabilidade e perturbação» em Timor-Leste, levando-os a tomar posição por um «sentimento de solidariedade».
Na nota, os três partidos guineenses lembram que têm o dever de manifestar a sua preocupação face à situação em Timor-Leste também pelo facto de a Guiné-Bissau estar a presidir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A CPLP integra oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
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