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7 Junho de 2007
A nacionalidade de Timor-Leste não está a venda, afirma a FRETILIN
Um plano do Partido Democrático (PD), de vender a nacionalidade de Timor-Leste à estrangeiros, poderia resultar na perda por parte de muitos timorenses, da posse de seus terrenos e recursos naturais, avisou hoje a FRETILIN.
“O plano do PD é perigoso e divisivo,” disse o Secretágio Geral Adjunto da FRETILIN, José Manuel Fernandes.
“Existem formas mais seguras e eficientes para atrair investmento, do que vender a nossa nacionalidade, como foi proposto pelo PD.”
José Manuel Fernandes comentou em relação a política de taxas do PD, descrita na página 25 do seu manifesto eleitoral, onde declara: “Investimentos de qualquer estrangeiro, iguais ou superiores a USD 200 milhões, serão considerados para efeitos de atribuição de nacionalidade. Enquanto que um estrangeiro que efectue um investimento igual ou superior a USD 100 milhões, será elegível para o direito de arrendamento de propriedade para a duração de 40 anos.”
José Manuel Fernandes disse que a FRETILIN nunca venderá a nacionalidade Timorense à estrangeiros.
“Ser um cidadão de Timor-Leste significa ter orgulho da sua própria identidade como parte do povo Maubere, ter orgulho do que já foi alcançado pela nação, e estar preparado para trabalhar duro para o bem estar da nossa grande nação Maubere,” disse José Manuel Fernandes.
“O nosso povo passou por alguns dos piores abusos dos direitos humanos para que o Povo Maubere pudesse, um dia, gozar da alegria de ser cidadãos da sua própria nação. Tenho conhecimento sobre estas experiências porque também eu fui vítima de torturas e intimidações, por ter sido membro da frente clandestia.
“Se a nacionalidade e cidadania significassem dinheiro, então as forças armadas indonésia teriam comprado as almas, os corações e as mentes do povo Maubere, e a independência nunca teria sido alcançada.
“Se o PD estivesse no poder, qualque estrangeiro rico poderia comprar a nacionalidade do nosso país, para ganhar o direito de compra de terrenos do povo Timorense. Se tal fosse permitido, o povo de Timor-Leste iria perder o controle da pátria independente pela qual lutaram tanto.
Para mais informações, contacte: Jose Manuel Fernandes (+670) 734 2174, Jose Teixeira (+670) 728 7080
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